Começamos esse post com uma informação que nos chocou. Os homens se candidatam para vagas mesmo sem ter todos os requisitos. Com 60% dos requisitos exigidos a maioria dos homens já se candidatam e o os homens não conhecem da área, comentam que aprendem depois e seguem a vida.
Talvez você possa estar pensando que isso é o padrão, que é a atitude mais comum no mercado de trabalho. Porém quando falamos das mulheres, grande parte só sinaliza seus conhecimentos se possuem alguma certificação naquela área, algum curso, ou ainda ou se utilizou certa ferramenta por um longo tempo, implementando todo um processo nela, por exemplo.
Ficamos com a sensação de que alguém deve validar nosso conhecimento.
Dificilmente conseguimos nos autoafirmar como conhecedores de algo sem ter um pedaço de papel como validação. Acabamos nos agarrando nos certificados, porque nos é exigido assim desde o início de nossas carreiras.
Pensando nessa questão, lembramos de um diálogo que acontece na série Good Girls (Netflix), episódio quatro, da segunda temporada.
Talvez nem todas as pessoas percebam o grande problema desse diálogo. Vivemos num mundo onde infelizmente as mulheres são vistas como as pessoas que devem carregar certas funções e não deveriam cumprir outras tantas, por ser visto como um papel masculino.
O Linkedin publicou recentemente um estudo sobre as discrepâncias de gênero que ainda são mais presentes do que gostaríamos e sinaliza diversas ações que as empresas podem fazer para contribuir com a equidade de gênero.
Entre todos os dados citados, podemos sinalizar alguns que por serem “sutis” tornam a questão ainda mais complexa.
Em comparação a um homem, uma mulher é:
1,7x mais propensa a não ser considerada para uma oportunidade
porque é percebida como não flexível ou com baixo comprometimento
1,7x mais propensa a ser taxada de emotiva, demasiadamente assertiva ou agressiva
1,6x mais propensa a receber remuneração menor que os homens em posições semelhantes
1,5x mais propensa a não ser considerada para uma posição/oportunidade por conta de diferenças no estilo de liderança ou de relacionamento interpessoal
Mulheres, vamos sinalizar nossos conhecimentos, sem medo.
Se você está em busca de uma vaga no mercado de trabalho, não espere ter todos os requisitos para se candidatar. Um homem, muitas vezes com menos qualificações que você, está submetendo seu currículo para aquela vaga que você gostaria de conquistar.
O Movimento Elas Lideram em parceria com a ONU Mulheres, estão promovendo uma ação por mais mulheres na alta liderança das empresas. A meta é levar mais de 11 mil mulheres para cargos de alta liderança até 2030. A campanha teve início em maio de 2022 e, durante o ano, 57 empresas se comprometeram com as metas de 30% de mulheres na alta liderança até 2025 ou 50% até 2030.
O movimento promove capacitação para empresas e entidades auxiliarem na conquista desse objetivo e conta ainda com empresas embaixadoras. Acesse pactoglobal.org.br/movimento/elaslideram2030 para acompanhar todas as ações.
Comments